1 – Clima de serra à beira-mar
El Nido fica ao extremo norte de Palawan, nas Filipinas. Desde Porto Princesa, capital da ilha, foram aproximadamente seis sacolejantes horas de ônibus. Ventava forte quando chegamos, por volta das 3 da manhã, e a única coisa que enxergávamos era uma grande silhueta que parecia distante. Só quando acordamos deu pra perceber que havíamos dormido aos pés de uma das enormes montanha de mármore e calcário, cercados de muito verde e um clima de muita paz.
2 – Pouca movimentação de turistas
Apesar da alta temporada, não havia muita gente circulando pelo vilarejo. El Nido caiu na graça dos mergulhadores há uns 20 anos, mas o “boom” mesmo aconteceu de 2007 pra cá, após as conceituadas National Geographic e CNN darem destaque ao vilarejo na mídia internacional. Embora a fama ainda não tenha lhe descaracterizado, ela já causou o recente aumento no valor dos passeios e no comércio local, onde produtos são vendidos por diferentes preços a moradores e turistas.
3 – É barato para viajar e viver
Nossa média diária de despesas nas Filipinas ficou em R$ 60 (duas pessoas), desconsiderando os custos com voos! Em El Nido, gastávamos R$ 20 de alimentação e R$ 30 com hospedagem, diariamente. O dólar na época girava em torno de R$ 2,50, e cada real valia aproximadamente 15 pesos filipinos. Pelas contas que fizemos com a ajuda de alguns locais, com R$ 200 mensais é possível viver tranquilamente como um morador fixo do vilarejo. Com R$ 500 seria puro luxo!
4 – Orla paradisíaca
Nosso principal hobby em El Nido era andar pelos quilômetros de praia que a cercam. Foi incrível quando, após alguns poucos passos desde onde estávamos hospedados, na rua principal do vilarejo, chegamos tão facilmente a uma praia. Demos de cara com picos imensos, imponentes, erguidos no Arquipélago de Bacuit em diferentes tons de azul e verde. Ficamos imaginando como seria viver naquele paraíso quando ele era apenas uma vila de pescadores, ainda mais intocável.
5 – Passeios de fazer cair o queixo
Dentre as cinco opções mais ofertadas, escolhemos o chamado Tour A. Conhecemos cinco lugares incríveis na baía: Small Lagoon, Big Lagoon, Secret Lagoon, Shimizu Island e 7 Commandos. Passamos quase um dia inteiro navegando em meio a águas cristalinas, lagoas escondidas, peixes exóticos e uma atmosfera totalmente paradisíaca. Pra completar, o almoço é preparado e servido à beira-mar pelo próprio barqueiro. Para quem tem tempo e grana, a dica é fazer todos os passeios!
6 – As águas mais “calientes” do mundo
Ok, nós conhecemos todas as praias do mundo. Mas, essa afirmação não deve ser nenhum exagero frente a tanta beleza. Se você, assim como nós, ama as águas morninhas do nordeste brasileiro, El Nido vai te conquistar. O incômodo ficou por parte dos peixinhos marrons e os minicamarões (quase invisíveis) que de vez em quando beliscavam a gente! Ah, e o termo em espanhol no título deste tópico é apenas para fazer referência à forte presença do idioma no país devido aos tempos de colonização. 😉
7 – Uma gente diferente, quase única
O povo filipino é um dos mais especiais que conhecemos. A Marivic é um exemplo disso. Estávamos andando pela deserta Cabanas Beach (a praia mais distante de El Nido, a mais ou menos 4 km do centro), quando começou uma forte tempestade. Após quase uma hora expostos ao frio, a sorridente senhora de 64 anos abriu seu quiosque, onde ela vive sozinha, apenas para nos acolher e oferecer toalhas secas. Conversamos um pouco sobre como eram nossas vidas até a chuva passar. A tarde terminou com sol – assim como Marivic havia previsto – e repleta de calor humano.
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