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Navegando pelas ilhas peruanas do Titicaca


Publicado por Rafael Coelho em 18 mar 2015
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Uros, Amantani e Taquile. Este foi basicamente o nosso roteiro durante os dois dias que percorremos a parte peruana do Lago Titicaca. Após sete horas num ônibus noturno saindo de Cusco, chegamos a Puno já de olho nos passeios que são vendidos na rodoviária – onde estão os melhores preços, pois a maioria dos turistas não costuma ficar na cidade. Dormimos um dia lá, mas realmente não há nada muito interessante. Então, pagamos 60 soles por pessoa (aproximadamente R$ 55) para um tour por três ilhas, incluindo transporte, alimentação e uma diária na casa de uma família local.

Saímos às 8h da manhã. Nossa primeira parada foi Uros, um arquipélago de ilhas flutuantes artificiais construídas há centenas de anos pelos nativos. São feitas à base de totoras, uma planta aquática muito comum na região. Os blocos de suas raízes são agrupados com corda e o talo é usado para cobrir toda a estrutura, que vira e mexe precisa de manutenção. O turismo pelas mais de 85 ilhas deste tipo começou há pelo menos 40 anos, o que parece ter mudado bastante a rotina do lugar.

O sustento das famílias, antes vindos da pesca e da caça de pássaros, hoje é garantido também pela venda de artesanato e passeios oferecidos em embarcações típicas. Nós fomos a uma ilha onde teoricamente vivem quatro famílias. As tendas são muito simples, mas contam com energia elétrica gerada por um painel solar. A cozinha ao ar livre é compartilhada e improvisada sobre pedras para proteger a estrutura natural. A experiência é interessante, mas rola uma pressão para comprarmos os belos trabalhos feitos pelas mulheres. Além de uma lamentável prática: crianças aprendendo desde cedo a sorrirem forçadamente para turistas em troca de um punhado de doces.

Ainda no primeiro dia seguimos para Amantani, onde cerca de 800 famílias vivem em oito comunidades. O principal meio de subsistência local é a agricultura. Fomos recebidos pelos pais do nosso guia, o Américo. A casa dos acolhedores Afonso e Venita era muito aconchegante. Nem a falta de água quente para o banho tornou a nossa passagem por lá menos especial. Após o delicioso almoço feito pela nossa anfitriã, caminhamos uns 45 minutos até o topo da ilha. Que visual!

Lá de cima é possível avistar não só parte do Lago Titicaca como também algumas montanhas da Bolívia. Tradicionalmente, quando se chega ao monte Pachatata (pai da terra), é preciso escolher qualquer pedrinha do chão para se fazer um pedido e dar três voltas ao redor do topo. O mesmo acontece no morro ao lado, Pachamama (mãe da terra). Não levamos fé nessas coisas, mas… Vai que! rs A ilha Amantani é muito tranquila e pouco turística. O clima tranquilo nos deu uma sensação de muita paz. Momentos realmente especiais, repletos de simplicidade.

No segundo dia seguimos para Taquile. Os taquilenhos são considerados os mais talentosos do Peru quando o assunto é tecido e artesanato. O título, embora dê aos moradores da ilha uma vida mais confortável, a torna muito comercial (eis aí o grande dilema do turismo). O preço da comida, por exemplo, costuma ser bem caro – principalmente onde os guias param. Durante a puxada caminhada de 40 minutos até lá em cima aproveitamos para procurar por um almoço mais em conta. Resultado: pagamos metade do valor cobrado aos turistas!

O trajeto entre as ilhas é todo feito de barco, e o percurso entre elas demora aproximadamente três horas. Um passeio cheio de belezas e com uma cultura muito rica ainda à mostra. Se a gente voltar um dia, a ideia é pegar uma embarcação local para a ilha Amantani – onde gostaríamos de ficar alguns dias curtindo toda aquela tranquilidade ao lado dos amigos que fizemos no meio do Titicaca.

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